SECA HISTÓRICA GOLPEIA NOVA SAFRA DE CANA DO CENTRO-SUL

As águas de março e abril de 2021 foram escassas como pouco se viu até hoje. Elas fecharam o terceiro verão mais seco em um século e abriram o período tradicional de estiagem com umidade à míngua, afetando o principal período de crescimento da cana na região Centro-Sul do país para a safra 2021/22. Com a deterioração das lavouras, tradings e casas de análise estão reduzindo suas projeções para a temporada. A consultoria americana StoneX revisou suas estimativas e indicou que, no cenário que considera mais provável, a quebra na colheita da região será de 5,8%, ou de 35,3 milhões de toneladas ante a safra passada, e ficará em 570,2 milhões de toneladas, um patamar próximo ao dos ciclos 2014/15 e 2018/19. A temporada 2014/15 foi marcada por uma crise hídrica principalmente em São Paulo, que afetou o abastecimento de água de diversos municípios e subtraiu cerca de 6 toneladas por hectare do rendimento dos canaviais no Centro-Sul. No cenário provável para 2021/22, a StoneX estima um rendimento de 76,3 toneladas por hectare, com redução de 6,8%. No pior cenário traçado pela consultoria, a colheita de cana será de 567,2 milhões de toneladas, queda de 6,3%. Já em um cálculo de perdas mais conservador, a StoneX vê uma safra de 578,1 milhões de toneladas.

Fonte: Valor/Datamar News