COM QUEBRA DE MONOPOLIO NO REFINO, BRASIL DEVE VIRAR EXPORTADOR DE DERIVADOS DE PETROLEO, DIZ IBP

Até o fim de 2021, o mercado brasileiro de refino deve ganhar mais oito operadores – se todas as vendas de refinarias da Petrobrás tiverem sucesso -, o que vai tornar o mercado mais dinâmico e transparente, avalia a diretora executiva de Downstream (segmento relacionado ao refino) do Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás Natural (IBP), Valéria Lima. “O Brasil é um grande exportador de petróleo e vai passar a ter uma dinâmica diferente na exportação e importação dos produtos”, diz ela, afastando qualquer risco de desabastecimento interno. “Com o mercado que o Brasil tem, não é vantagem exportar tudo, o mercado consumidor está ali do lado.” Outra mudança, diz diretora do IBP, se refere à relação com os preços. Os contratos e os preços são únicos para todos os compradores nas refinarias, mas passarão a ser resultado da competição entre as unidades, prevê. “Com inúmeros agentes, você vai ter clareza de quanto se paga pelo petróleo no Brasil, gera mais transparência”, afirma. Valéria destaca ainda que a atuação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) será fundamental nesse processo.

Fontes: Estadão / Portos e Navios