A produção catarinense de milho 2018/19 deve somar 2,8 milhões de toneladas, 11,4% superior à de 2017/18. A expansão se deve ao aumento de 8,4% da área plantada ante a temporada passada, para 331,7 mil hectares, e à alta produtividade das lavouras, segundo nota da secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca. Em outubro, o órgão estimava uma colheita de 2,77 milhões de toneladas. A região de Santa Catarina, que inclui Campos Novos, terá uma safra 57% maior neste ano, com expansão de 40% da área plantada. Em Xanxerê, a produção será 23,7% maior, estima o governo catarinense. “O ganho de área se dá em função dos preços do cereal fortalecidos durante 2018. Por outro lado, a área plantada de soja, principal concorrente do milho nas lavouras catarinenses, irá diminuir 3,3%”, explicou o Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa). Apesar do aumento de produção, o volume é menos da metade da demanda anual do Estado por milho, de aproximadamente 7 milhões de toneladas. Santa Catarina é o maior Estado produtor de suínos do Brasil e o segundo maior de aves, lembra a secretaria. Dos 7 milhões de toneladas, 97% se destinam ao consumo animal, especialmente à produção de suínos e frangos de corte (83,8%). O déficit é coberto pelas importações interestaduais, principalmente de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná e Goiás, e de países como Argentina e Paraguai. Nesta semana, os desafios do abastecimento de grãos em Santa Catarina serão discutidos em evento do Projeto Mais Milho, que reunirá lideranças do agronegócio e especialistas do setor em Campos Novos.
Fonte: Revista Globo Rural