ALTA NOS FRETES PODE LIMITAR AINDA MAIS OFERTA GLOBAL DE AÇUCAR COM USINAS MIGRANDO PARA ETANOL

As refinarias de açúcar que têm enfrentado altos preços do frete para comprar a commodity podem enfrentar uma oferta mais apertada até o fim do ano, com usinas brasileiras usando mais cana para produzir etanol, de acordo com a BP-Bunge Bioenergia. Os custos do frete marítimo estão no maior nível em pelo menos uma década e pressionam o comércio global da commodity, o que leva refinarias a adiarem a compra do açúcar bruto que processam. Com a desaceleração, o volume a ser embarcado nos portos brasileiros caiu 60% no comparativo anual. Algumas usinas no Brasil aproveitam os altos preços do etanol e tem migrado mais cana para o biocombustível, indicando que menos açúcar estaria disponível quando a demanda retornar, disse Ricardo Carvalho, diretor comercial da joint venture entre BP e Bunge. “Estamos muito otimistas. A partir do quarto trimestre, o mundo não terá açúcar sobrando”, disse. A BP-Bunge Bioenergia estima a produção de açúcar do Centro-Sul caindo para 34 milhões de toneladas na atual temporada, sobre máxima de 35,5 milhões de t que as usinas produziriam se canalizassem toda a capacidade para o adoçante. A empresa prevê a moagem de cana-de-açúcar na região entre 545 milhões a 550 milhões de t nesta safra.

Fontes: Bloomberg/Noticias Agrícolas