O governo federal está atuando para evitar uma crise com os caminhoneiros. Em fevereiro, a Gazeta do Povo mostrou que a troca na Petrobras deu fôlego contra uma greve de caminhoneiros articulada para abril. O problema é que, na avaliação de boa parte da categoria, de lá para cá o governo pouco entregou das pautas negociadas com os transportadores autônomos. O Executivo não renovou a alíquota zero de PIS e Cofins sobre o diesel, que vigorou em março e abril. Com isso, os dois tributos – que somam R$ 0,33 por litro do combustível – voltaram a ser cobrados no último sábado (1.º), o que deve resultar em alta de preços. Sem perspectivas de melhora no curto prazo, ruídos de uma nova greve começam a surgir, ainda que timidamente. Mesmo líderes opositores a uma paralisação assumem que o risco existe. Explicam que, enquanto o agronegócio comemora a safra recorde que impulsiona exportações e deve ajudar o Brasil a atingir seu primeiro superávit externo em 14 anos, a categoria lida com redução dos valores dos fretes e alta do combustível. O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, iniciou em 22 de abril – antes mesmo do fim da redução de impostos sobre o diesel – uma rodada de conversas com os caminhoneiros para esclarecer as ações adotadas pelo governo em favor dos autônomos. Outros encontros estão previstos, inclusive com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Fontes: Gazeta do Povo/Datamar News