A tendência para o trigo no Brasil em 2024 é de preços mais firmes. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Elcio Bento, essa percepção se baseia nas mudanças verificadas no quadro de abastecimento interno. Depois de duas safras com excedentes exportáveis no Rio Grande do Sul, a produção de 2023, que terá influência sobre o mercado doméstico até meados de agosto de 2024, sofreu grandes perdas devido a adversidades climáticas. No ciclo 2022/23, de agosto a julho, os gaúchos tinham grãos que superavam a demanda de suas indústrias em cerca de 4 milhões de toneladas. Com isso, além de escoar grandes volumes ao exterior e ao nordeste brasileiro, foram a principal alternativa do grande centro moageiro nacional, o Paraná, para compensar as perdas da produção local.
Fonte: Safras&Mercado