TAXA DE CARBONO DA UE PODE AFETAR AÇO BRASILEIRO

As exportações de aço e ferro são as mais vulneráveis no caso do Brasil à taxa de carbono da União Europeia (UE), anunciada dia 14 de julho contra concorrentes estrangeiros que não estejam submetidos aos mesmos padrões ambientais. A UE é a primeira a adotar essa medida na cena internacional, incluída no amplo pacote verde com o qual o bloco europeu espera poder alcançar suas metas de reduzir a pelo menos 55% suas emissões de gases de efeito estufa até 2030. A taxa de carbono forçará importadores de aço, cimento, alumínio e fertilizantes a pagarem um custo pelo que compram de países sem preço de carbono. No caso do Brasil, produtos siderúrgicos podem ser mais vulneráveis à taxa europeia. As exportações de aço e ferro cobertas pela medida representaram, no caso brasileiro, US$ 524,8 milhões para a UE em 2019, ou 10,4% das exportações totais do país dessas mercadorias. No entanto, nem todos os siderúrgicos estão listados para eventual taxação. Em alguns casos específicos, como aços laminados planos, de ferro ou aço não ligados com determinada largura, as vendas para a UE alcançam mais de 90% dos embarques do país para o exterior.

Fontes: Valor Econômico/Datamar News