SYNGENTA VAI EXPORTAR SOJA E MILHO PARA A CHINA

A Syngenta vai exportar diretamente para a China uma parte da soja e do milho que recebe de produtores brasileiros via operações de barter, mecanismo pelo qual negocia sementes e defensivos em troca de grãos na colheita. A companhia já exporta café e algodão neste mesmo modelo, apelidado de “trading de butique”, pela plataforma Nutrade. No caso da soja, as primeiras cargas devem sair do Brasil entre abril e maio, segundo Dong Guo, diretor global da iniciativa Cadeia de Valor Agrícola. André Savino, diretor de marketing para a Syngenta Brasil, diz que não há competição com as tradings. “As operações compreendem apenas grãos referentes às tecnologias que fornecemos”, afirma. A empresa não abre os volumes que espera alcançar, argumentando que dependerão do interesse dos produtores. Mas um terço das vendas no Brasil em 2019, de cerca de US$ 1 bilhão, teve como origem o barter. A prioridade dada à China neste momento se deve ao potencial de demanda e à proximidade com o mercado chinês – a Syngenta foi adquirida pela ChemChina em 2017. A empresa já tem um acordo de fornecimento com a Sinograin, que compra grãos para os estoques públicos do país asiático, e vai suprir esmagadoras de soja locais. A ideia também é abrir mais espaço para o café brasileiro no país. Hoje a multinacional envia a commodity principalmente aos Estados Unidos e à Europa. Já o algodão se destina à região da Ásia e Oceania.

Fontes: Estadão / Datamar News