O campo deve reunir fôlego extra no ciclo 2018/2019 para receber o aumento previsto na produção de milho. Segundo a consultoria INTL FCStone, o incremento é de 14,1% em relação à safra anterior, saltando para 92,2 milhões de toneladas de milho resultado de revisões no primeiro e segundo ciclo do cereal. “No caso da primeira safra de milho 2018/2019, houve um leve aumento da estimativa de produção, que ficou em 27,3 milhões de toneladas, uma variação de menos de 200 mil toneladas frente ao mês passado. Em relação ao ciclo passado, esse nível de produção representa um aumento de 1,7%”, explica a analista de mercado da FCStone, Ana Luiza Lodi. A produção maior no verão decorre de um aumento da produtividade estimada, que, na média do Brasil, passou de 5,22 para 5,26 toneladas por hectare. “No Rio Grande do Sul, as condições das lavouras de milho estão muito positivas e a produtividade do estado, que alterna com Minas Gerais no posto de maior produtor da safra de verão, foi elevada para 6,9 toneladas por hectare”, destaca a analista Ana Luiza. Já em relação à safra de inverno, em sua primeira estimativa para 2018/2019, a consultoria aponta produção de 64,9 milhões de toneladas, considerando um aumento de área frente a 2017/2018, que encerrou a temporada com 53,98 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), e uma normalização da produtividade, após a quebra expressiva do ciclo anterior. Esse nível de produção representa aumento de 20% no comparativo anual. A área plantada é estimada em 11,6 milhões de hectares, um aumento de 2,7% em relação à temporada passada, em decorrência da expectativa de crescimento de área em Mato Grosso e Paraná, que deve ser favorecida pelo ciclo mais adiantado da soja. Essa recuperação da produção deve contribuir para manter os estoques finais de milho em níveis elevados, em 14,4 milhões de toneladas, segundo a INTL FCStone, mesmo com exportações maiores.
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