O Fundecitrus publicou neste mês a terceira reestimativa da safra de laranja 2018/19 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro. A produção foi reestimada em 284,88 milhões de caixas de 40,8 kg. Essa revisão representa um aumento de 3,31% em relação à reestimativa anterior, publicada em dezembro/2018, e mais próxima do volume da primeira estimativa, publicada em maio/2018, quando foram projetadas 288,29 milhões de caixas, mas ainda 1,18% menor. Da safra total, cerca de 15,96 milhões de caixas deverão ser produzidas no Triângulo Mineiro. A precipitação média no cinturão citrícola, de acordo com dados da Somar Meteorologia, nos meses de dezembro/2018 e janeiro/2019, foi de 169 milímetros e 116 milímetros, respectivamente. Essas precipitações, somadas aos índices de chuva desde maio/2018, totalizam 896 milímetros, 3% abaixo da média histórica (1981-2010). O período mais seco dessa temporada, com precipitação bem abaixo da média, ficou concentrado no início da safra e provocou a diminuição do peso das laranjas das variedades precoces, que foram revisados em setembro/2018. As chuvas se intensificaram com a chegada da primavera e, embora tenham ficado abaixo da média nos últimos dois meses, foram satisfatórias durante o principal período de colheita das laranjas Pera Rio, Valência e Valência Folha Murcha, o que contribuiu com o aumento do peso dos frutos dessas variedades. Considerando todas as variedades, o tamanho médio é reestimado para 260 frutos por caixa (157 gramas por fruto), contra os 267 frutos por caixa (153 gramas por fruto) projetado em dezembro/2018 e 256 frutos por caixa (159 gramas por fruto) estimado em maio/2018. A taxa de queda de frutos média do cinturão citrícola é revisada para 16,70%. A colheita das variedades precoces foi encerrada. A colheita da Pera Rio soma 97% e das variedades Valência, Valência Folha Murcha e Natal, cerca de 92%. Considerando todas as variedades, 95% da safra está colhida. A redução do ritmo de colheita em comparação à temporada anterior, que nessa mesma época já tinha atingido 97%, está sendo observada nesse final de safra, em função do maior volume de laranjas de terceira e quarta floradas produzidas em 2018/19. O método utilizado para a reestimativa é o mesmo adotado na safra anterior. As informações foram obtidas por levantamento em 1.200 talhões que são monitorados a partir de maio e deixam de ser visitados à medida que ocorre a colheita completa do mesmo. Outra fonte contemplada neste estudo é o tamanho dos frutos que foram recebidos ao longo da safra pelas empresas de suco de laranja associadas ao Fundecitrus – Citrosuco, Cutrale e Louis Dreyfus – para fins de processamento industrial. Cada processadora fornece, sob confidencialidade, os dados individuais à empresa de consultoria independente para cálculo do tamanho médio dos frutos processados. O trabalho é realizado pelo Fundecitrus em parceria com a Markestrat, FEA-RP/USP e FCAV/Unesp.
Fonte: Notícias Agrícolas