A produção de soja convencional vem diminuindo no Brasil desde a introdução das sementes geneticamente modificadas. A soja livre de transgenia, porém, traz vantagens aos produtores rurais interessados em nichos de mercado e em se manterem livres para escolher quais variedades e produtos usar em suas lavouras. Em levantamento realizado pelo Instituto Soja Livre, Mato Grosso é o principal produtor de soja convencional do País, utilizando 602,2 mil hectares para estas cultivares, o que significa 52,8% do total da área destinada para estas cultivares. Em seguida vem o Paraná, com 206,3 mil hectares (17,8%), Goiás com 113,4 mil hectares (9,6%) e Mato Grosso do Sul com 85,5 mil hectares (7,3%). Os estados de Roraima, Minas Gerais, Tocantins, Rondônia, Rio Grande do Sul, Piauí, Distrito Federal, São Paulo, Maranhão, Bahia, Santa Catarina e Pará representam 12,6% da área total plantada com soja convencional. Na safra 2019/20 brasileira foram plantados 1,5 milhão de hectares de soja convencional com produção de 5,1 milhões de toneladas. Mato Grosso ocupou metade desta área, produzindo 2 milhões de toneladas de soja sem modificação genética. O Instituto Soja Livre trabalha com a FoodChain ID, empresa que faz certificações internacionais para a soja. O objetivo é que, em médio prazo, a soja convencional brasileira possa ser certificada e consiga livre acesso aos mercados europeus e também chinês.
Fonte: Universo Agro / DATAGRO