Após 15 anos, o Porto de São Sebastião, localizado no litoral norte de São Paulo, voltou a realizar operações de transporte de açúcar. De acordo com o secretário estadual de Logística e Transportes, João Octaviano Machado Neto, foi fechada uma parceria com a Raízen para esse tipo de operação. A retomada ocorreu em maio com o envio de 15 mil toneladas de açúcar com destino à Gâmbia, na África. Já estão programados também o embarque de outras 75 mil toneladas de açúcar ensacado com destino para a África e o Mediterrâneo por meio da parceria com a Raízen. Para o ano todo, a expectativa de operação no porto é de 250 mil toneladas de açúcar ensacado e 250 mil toneladas a granel. Vale lembrar que nos últimos meses o tempo médio de espera para o carregamento de navios no Porto de Santos, também localizado no litoral de São Paulo, tem sido de até 45 dias, o que pode ter levado às empresas a buscar novas alternativas para escoar sua produção. Nos últimos três meses, a maior parte do mercado global de açúcar se voltou para o Brasil, que está produzindo volumes recordes do adoçante. As usinas têm dado prioridade ao açúcar em detrimento do etanol depois que o mercado de combustíveis brasileiro teve uma queda de demanda em função das medidas de isolamento social relacionadas à pandemia de coronavírus. Já no Porto de São Sebastião, a movimentação geral de cargas cresceu 3,6% durante a pandemia. No período de março a maio deste ano, 144 mil toneladas de cargas foram transportadas, em comparação com 139 mil toneladas no mesmo período de 2019.
Fonte: Valor Econômico