PARA ÚNICA, ETANOL NÃO PODE TER PRODUÇAO CONCENTRADO EM POUCOS PAISES

A produção global de etanol precisa ser diversificada para que essa energia renovável não corra o risco de sofrer crises como a experienciada em 1973 pelo mercado de petróleo, quando os grandes produtores do óleo estavam concentrados geograficamente no Oriente Médio. É o que afirma o presidente da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), Evandro Gussi. Em apresentação no The Sustainable Mobility: Ethanol Talks II India, ele defendeu uma cooperação ainda maior entre Brasil e Índia, os dois maiores produtores de açúcar do mercado mundial. Os países procuram intensificar o direcionamento e desvio da sacarose para a produção de etanol, em detrimento ao adoçante, atendendo assim à demanda global por combustíveis menos poluentes e que lancem menos gases do efeito estufa (GEEs) na atmosfera. “Com mais países produzindo etanol, os benefícios serão sentidos por todo o mundo. Não teremos um mercado global de etanol eficiente com poucos ofertantes. O Brasil pode incrementar sua produção, talvez os Estados Unidos, a Índia certamente. Mas isso não será suficiente. A produção tem que crescer na Ásia, na África, onde o biocombustível está começando a tomar corpo.”

Fontes: Agencia Safras/Nova Cana