O Brasil continuará a aumentar seu papel como um dos principais fornecedores globais de alimentos, incluindo em produtos como carne bovina e mesmo com um ritmo menor de crescimento da demanda pela China. As projeções são do relatório sobre perspectivas agrícolas 2021-2030 publicado pela Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A China continuará com enorme influência nos mercados agrícolas. Além disso, o mercado chinês terá concorrência mais dura na medida em que a tensão comercial diminui com os EUA. O relatório prevê que a China poderá se tornar de novo o principal mercado para exportações agrícolas dos EUA. Nesse cenário, e com o Brasil como o produtor dominante, a América Latina como um todo verá sua produção agrícola crescer 14% nos próximos dez anos, com sua abundância de terras e água. O valor líquido das exportações da região é projetado para expandir 31% – mas representa só pouco mais da metade da taxa alcançada entre 2011-2020. Até 2030, a região continuará crescendo sua fatia nos mercados globais das principais commodities. Poderá ter 63% das exportações mundiais de soja, 56% das exportações de açúcar, 44% de pescado, 42% de exportações de carne bovina e 33% de embarques de carne de frango.
Fontes: Valor Econômico/Datamar News