Por conta da necessidade de melhorar a qualidade do ar, a China está buscando impulsionar o uso de etanol em seu setor de transportes. Após incentivar a produção doméstica, agora há sinais de que o país asiático pode demandar biocombustível brasileiro: o objetivo seria cumprir o compromisso do E10 (inclusão de 10% de etanol na gasolina) firmado pela China para 2020.
A meta nasceu em 13 de setembro de 2017, quando a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China (CNDR), a Administração Nacional de Energia (NEA), o Ministério da Fazenda e 12 outros ministérios anunciaram conjuntamente o chamado Plano de Implementação da Expansão da Produção e Promoção do Etanol para Combustíveis de Transporte.
Essa medida foi posta pelo governo chinês como parte das iniciativas nacionais envolvendo o Acordo de Paris e como uma garantia de que o país diminuirá o consumo de combustíveis fósseis. Assim, além de atingir 10% de mistura de etanol até 2020, o objetivo até 2025 é ter uma produção de combustível celulósico em escala comercial e capaz de atender à demanda.
Em agosto de 2018, o primeiro-ministro chinês Li Keqiang reiterou o compromisso do governo central de expandir o uso de etanol no país. Porém, um relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) afirma que a política de etanol na China em 2019 é uma “miscelânea de políticas provinciais e municipais”.
Além disso, as autoridades chinesas também não renovaram os subsídios para a produção de etanol. “Sem incentivos claros e medidas de cumprimento obrigatórias, a indústria de etanol da China terá que lutar para elevar o nível de uso de biocombustíveis no transporte para atingir a meta de E10 até 2020”, coloca o USDA.
Fonte: Nova Cana