Dados compilados pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira apontam que em julho, as exportações do Brasil aos países árabes tiveram o seu maior valor desde o começo do ano. A receita das vendas ficou em US$ 1,1 bilhão, 30,8% maior do que no mês de junho. O bom desempenho tem relação com o processo de normalização da logística de transporte marítimo para a região, a reposição de estoques pós-Ramadã e a retomada gradual de atividades nos países árabes. O secretário-geral e CEO da Câmara Árabe Tamer Mansour relata que normalmente julho seria o período de baixa demanda no mercado árabe, por se tratar de tempo de férias e calor. “As pessoas não estariam nos países árabes, estariam de férias, mas como é um ano atípico, as pessoas não saíram de férias, elas continuam em casa e, então, as demandas começam a aparecer”, explica Mansour, sobre o nível de consumo. Além disso, o crescimento das exportações de produtos como minério de ferro é indicativo de mercados mais aquecidos na região. As vendas do minério aos árabes cresceram 117% em julho sobre junho, ficando em US$ 177,5 milhões. Além do minério, outros produtos colaboraram para o aumento das exportações nessa comparação, como o açúcar, com crescimento de 30,6% para US$ 336,6 milhões, a carne de frango, com alta de 13% e US$ 149,8 milhões, e a carne bovina, com avanço de 2,3% para US$ 102,6 milhões. No acumulado dos sete primeiros meses do ano há queda de 12,2% na exportação do Brasil aos países árabes sobre o mesmo período de 2019, com US$ 6,2 bilhões.
Fonte: Anba (Agência de Notícias Brasil-Árabe) / Datamar News