O Brasil e outros exportadores estão fazendo novos movimentos na Organização Mundial do Comércio (OMC) em busca de uma redução significativa de subsídios e tarifas no comércio agrícola mundial nos próximos anos. Para tentar acelerar as discussões, a delegação brasileira apresentará estudos aos parceiros no Comitê de Agricultura do órgão. Brasil, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e outros exportadores já apresentaram, em fevereiro, uma proposta de redução de 50% nos subsídios que distorcem o comércio agrícola global. Esse corte seria feito de forma proporcional, o que exigiria que China, Índia, EUA, União Europeia e Japão reduzissem as subvenções mais que outros países. Agora, um estudo brasileiro visa não apenas cortar as formas tradicionais de subvenção, como apoio de preço, mas também rever duas categorias sem limites no pagamento permitido aos produtores e que já representam um terço das ajudas que distorcem o comércio agrícola. A primeira envolve alguns programas governamentais para encorajar o desenvolvimento rural em países em desenvolvimento, cobertos pelo artigo 6.2 do Acordo Agrícola. Com base em dados de 2016, ano em que a maioria dos países notificou subsídios à OMC, a constatação é que 27 países usaram o mecanismo, num total de US$ 30,9 bilhões.
Fontes: Valor Econômico/Datamar News