A Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) recebeu sem surpresa a notícia de que a União Europeia pretende exigir certificação dos seus importadores de carne bovina, soja, café, cacau, madeira e óleo de palma. O “selo” tem como propósito garantir que os produtos são provenientes de terras que não foram desmatadas ou contribuíram para a degradação de solos após 1º de janeiro de 2021. “Não vejo muito impacto. O desmatamento que ocorre no Brasil, hoje, está muito mais ligado à grilagem de terra e patrimonialismo do que com a expansão do agronegócio”, disse o presidente da Abag, Marcello Brito. Para Brito, tanto o plano da UE como a iniciativa nos EUA, onde deputados do Partido Democrata devem revelar uma proposta de lei parecida à da UE nos próximos dias, não podem ser vistas com espanto pelos empresários do agronegócio. Entre as commodities selecionadas pela UE, Brito destaca que o óleo de palma e o café brasileiros poderão ganhar vantagem competitiva. Caso o bloco europeu amplie a lista futuramente, outros setores como papel e celulose, suco de laranja, açúcar e álcool, fruticultura e algodão também podem sair ganhando.
Fontes: Valor Econômico/Datamar News