As exportações do agronegócio brasileiro renderam US$ 110,7 bilhões de janeiro a novembro de 2021, um crescimento de 18,4% em relação ao ano passado. O avanço foi puxado pelo câmbio favorável e por preços elevados, uma vez que o volume das vendas registrou diminuição de 6,5%. As exportações devem ter um ano positivo em 2022, acredita a CNA, mas será preciso acompanhar o desenrolar da pandemia e os possíveis reflexos no fluxo de transporte marítimo, os gargalos logísticos, a menor oferta global de insumos e o protecionismo crescente – ligado principalmente a temas ambientais, que estarão cada vez mais presentes na pauta do comércio internacional. “Muitos países estão colocando normas unilaterais, mas não se engajam em discussões multilaterais sérias, como na OMC [Organização Mundial do Comércio], em questões que impactam a sustentabilidade”, criticou diretora de Relações Internacionais da CNA, Lígia Dutra. Uma dessas discussões envolvem a redução dos subsídios agrícolas “distorcivos”. Segundo Lígia, é preciso diálogo para que “as medidas unilaterais sejam com preocupação ambiental e não só barreiras disfarçadas no comércio, que aumentam o protecionismo”. O presidente da CNA, João Martins, disse que o setor vai mostrar ao mundo a “verdade” sobre a produção sustentável feita no Brasil
Fontes: Valor/Portos e Navios