O mês de fevereiro registrou que as vendas de etanol pelas unidades produtoras da região Centro-Sul somaram 2,40 bilhões de litros, sendo 2,28 bilhões de litros destinados ao mercado interno e 120,79 milhões de litros para exportação. Este volume exportado representa um crescimento de 41,40% sobre fevereiro de 2019 (85,42 milhões de litros), com 99,49 milhões de litros comercializados na última quinzena do mês. No acumulado de abril de 2019 até fevereiro de 2020, este aumento atinge quase 20%: 1,77 bilhão de litros, contra 1,48 bilhão de litros registrados em igual período da safra passada. Na safra 2015/2016 a região Centro-Sul exportou 1,83 bilhão de litros entre abril e fevereiro, superior aos 1,77 bilhão de litros. Os Estados Unidos continuam como principal destino do biocombustível brasileiro. No mercado interno, o volume comercializado de etanol anidro atingiu 737,60 milhões de litros, sendo 344,08 milhões de litros contabilizados na última metade do mês. Quanto ao etanol hidratado, as vendas alcançaram 1,54 bilhão de litros (740,85 milhões de litros na segunda quinzena de fevereiro). No agregado desde o início da safra 2019/2020 até 1º de março, o volume comercializado aumentou 8,93% em relação ao ciclo anterior, somando 30,96 bilhões de litros. As vendas acumuladas do aditivo ao mercado doméstico alcançaram 8,23 bilhões de litros, contra 7,73 bilhões de litros em 2018/2019. Já aquelas relativas ao etanol hidratado atingiram 20,97 bilhões de litros, expressivo crescimento de 9,13%. Estimativas da UNICA indicam que a adesão pelo setor sucroenergético ao Programa é ampla. As usinas já certificadas ou em processo de certificação responderam por 85% das vendas domésticas do biocombustível em 2019. Segundo as estatísticas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compiladas pela UNICA, até agora 38 usinas de etanol já possuem o Certificado de Produção Eficiente de Biocombustíveis emitido pela Agência. “Nossa previsão é de que 70 unidades concluam o processo de certificação até o final de março e 110 até abril”, acrescentou o executivo. A moagem de cana-de-açúcar pela região Centro-Sul somou 579,90 milhões de toneladas desde o início da safra 2019/2020 até 1º de março de 2020, alta de 2,74% sobre o mesmo período do ciclo 2018/2019 (564,45 milhões de toneladas). Até essa data, a produção de açúcar atingiu 26,49 milhões de toneladas, enquanto a de etanol, 32,55 bilhões de litros (22,68 bilhões de litros de etanol hidratado e 9,87 bilhões de litros de etanol anidro). O volume do renovável fabricado pelas unidades do Centro-Sul até o final de fevereiro de 2020 já supera em 1,60 bilhão de litros o recorde histórico de produção observado na safra passada (30,95 bilhões de litros). “Essa cifra deve crescer, pois ainda temos a produção de março, oficialmente incorporada à safra 2019/2020”, afirma o executivo. Do total fabricado até o momento no ciclo 2019/2020, o etanol produzido a partir do milho respondeu por 4,35% do volume contabilizado, alcançando 1,41 bilhão de litros até o final de fevereiro – mais que o dobro do valor observado em igual período da temporada passada (692,29 milhões de litros). Nos últimos 15 dias do mês, foram 428,46 mil toneladas de cana-de-açúcar processadas e 105,93 milhões de litros de etanol fabricados. Esse montante abrange 83,77 milhões de litros derivados do milho e 36,34 milhões de litros reprocessados (etanol anidro convertido em hidratado). Não houve registro de produção de açúcar. Em relação ao número de usinas em operação no Centro-Sul, até o momento são 4 unidades de cana-de-açúcar e 11 produtoras de etanol de milho (3 dedicadas exclusivamente ao processamento desta matéria-prima). Nenhuma usina iniciou safra na segunda metade de fevereiro, mas a expectativa é de que 29 o façam na primeira quinzena de março.
Fonte: Universo Agro/DATAGRO