O diretor da consultoria Céleres, Anderson Galvão, projeta que o mundo pode observar um novo ciclo de alta de commodities. “Estamos passando novamente por um começo de um ciclo de alta das commodities. Soja, milho e minério. Motivado pela desvalorização do dólar lá fora. Isso independe de oferta, se choveu ou não. É um movimento macroeconômico influenciando o valor de face dessas commodities agrícolas”, analisa. Galvão ainda adiciona que os preços no curto prazo têm sido pressionados pelo clima e pela demanda global. “Vinculado ao mercado da commodity em si, temos uma incerteza de clima na América do Sul com La Niña. Além de uma demanda global bastante aquecida pelo cereal. A combinação desses dois fatores, externos e internos, explica parte da elevação dos preços da soja e do milho”, afirma. A China pode assumir um papel importante também na importação de milho, de acordo com o diretor da Céleres. O analista alerta que o risco principal para as cotações é a taxa de câmbio e não os preços em Chicago. “Produtor tem que ter em mente que grande parte da formação dos valores das commodities vem do câmbio. Qualquer acerto macroeconômico no país vai implicar em valorização do real, finaliza.
Fonte: Canal Rural