O mercado brasileiro de fertilizantes deve crescer 2,5% em 2020, com a entrega de 37 milhões de toneladas. A projeção é da MacroSector Consultores. Nas estimativas da consultoria, a entrega em 2019 foi de 36,1 milhões de toneladas, o que, por sua vez, representa um crescimento de 1,7% em comparação com 2018 (35,506 milhões de toneladas). De acordo com Fábio Silveira, diretor da consultoria, um dos fatores que justificam a perspectiva de crescimento é a tendência de importação de matérias-primas. Nas projeções da MacroSector, o volume deve passar de 29,512 milhões de 2019 para 30,426 milhões de toneladas, aumento de 3,1%. Já a produção interna deve cair 1,17% na mesma comparação, de 6,741 milhões para 6,662 milhões de toneladas. Ainda de acordo com o consultor, a demanda por fertilizantes acompanha a tendência de crescimento do Valor Bruto de Produção (VBP) da agricultura, que deve ser de 6% em 2020, totalizando R$ 415 bilhões, como projeta a MacroSector. Só nas lavouras de grãos, a receita bruta projetada é de R$ 262,1 bilhões, com liderança da soja (R$ 166,2 bilhões) e do milho (R$ 62,3 bilhões). Nas estatísticas oficiais do setor, divulgadas pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) em seu site oficial, os números mais atualizados vão até setembro de 2019. Naquele mês, a entrega de fertilizantes foi de 4,223 milhões de toneladas, 0,6% a menos que em setembro de 2018. Nos nove meses do ano passado, o volume foi de 26,243 milhões, 1,5% a mais que no mesmo período no ano anterior, quando a entrega de janeiro a setembro foi de 28,855 milhões de toneladas. A importação de fertilizantes em setembro do ano passado foi de 2,714 milhões de toneladas, 1,9% a menos que no mesmo mês em 2018 (2,766 milhões). De janeiro a setembro de 2019, foram importados 21,341 milhões de toneladas, um volume 12,7% maior que o acumulado no intervalo dos nove primeiros meses de 2018, quando as compras do exterior totalizaram 18,929 milhões de toneladas.
Fonte: Global Fert