Após um início promissor, com estimativa de produção de 270 milhões de toneladas de grãos, 2021 vai se mostrando um período complicado, devido a fenômenos que, neste ano, estão com uma intensidade bem maior do que normalmente: seca, crise hídrica, geadas, enchentes no Norte e até chuva de granizo. Os estragos deste ano são evidentes, mas o problema é que o efeito da geada vai se estender para o próximo também, principalmente nas plantações perenes como café, cana-de-açúcar e laranja. Para o diretor da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Antonio de Padua Rodrigues, além de afetar a produtividade atual, a geada joga novos problemas também para a safra de cana-de-açúcar de 2022/23. Segundo ele, o manejo das lavouras será mais complexo. A brota na área já colhida, e que foi afetada pela geada, vai passar por uma poda, e voltará a brotar, mas com atraso em relação ao processo vegetativo esperado anteriormente. Isso afeta não só a produtividade, mas também o planejamento da colheita de 2022/23. Se o produtor colher antes, perde em produtividade, devido ao ciclo da planta. Se retardar, fica com manejo e custos mais complicados.
Fonte: Nova Cana