DEMANDA CHINESA POR SOJA BRASILEIRA DEVE CRESCER NOS PRÓXIMOS DEZ ANOS

A Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade – Investe SP acredita a China vai continuar a liderar as importações globais de grãos e reduzir as compras de carnes no exterior na próxima década. A análise consta no relatório China Agricultural Outlook 2020-2029, produzido a partir de uma conferência realizada recentemente em Pequim, que traçou as perspectivas agrícolas para o país asiático, projetando suas necessidades para os próximos dez anos. Ao longo dos próximos dez anos, a China se manterá como grande importador de grãos, com destaque para soja, milho, trigo e arroz, além de açúcar e os produtos de origem animal, como carne bovina, suína e de frango. Outros produtos como frutas, ovos, lácteos e pescados também poderão gerar oportunidades para o agronegócio brasileiro. O Brasil é o principal fornecedor de soja da China. Das 88,6 milhões de toneladas importadas em 2019, cerca de 65% foram provenientes do Brasil. Para a próxima década, os chineses se manterão como os maiores importadores de soja do mundo, com uma taxa média anual de crescimento próxima a 1%, podendo se aproximar das 100 milhões de toneladas importadas em 2029. Se confirmado, o volume representaria um incremento próximo a 13% nas compras chinesas de soja. No caso do milho, o Brasil ainda não aparece como fornecedor relevante. Pequim tem buscado garantir seu abastecimento na Ucrânia. Contudo, diante do aumento significativo da produção brasileira e dos atuais patamares da taxa de câmbio, o produto nacional talvez passe a ser mais competitivo no mercado chinês.

Fontes: Datamar News/Invest SP/Valor Econômico