A expectativa para o custo de produção da safra 2022/23 da cana-de-açúcar tem se elevado cada vez mais. Com a alta do dólar, a crise logística e energética e a falta de insumos, o sinal é de alerta para o produtor rural. Além disso, o prejuízo decorrente das condições climáticas de 2021, que atrasaram os canavieiros, pode se repetir no próximo ano. Para o engenheiro agrônomo, Antônio Luís Toniolo, que atende as filiais da Copercana nas cidades de Cravinhos (SP) e de Santa Rosa de Viterbo (SP), ambas da região de Ribeirão Preto (SP), a expectativa para 2022 é de uma safra igual ou até menor a de 2021. Para se ter uma ideia sobre a safra deste ano, mais de cem usinas do centro-sul do país encerraram sua produção até outubro, um mês antes do habitual, pois a colheita foi comprometida. Segundo a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), a previsão inicial da safra de cana-de-açúcar para esse ano caiu de 605 milhões de toneladas para 520 milhões de toneladas, especialmente no estado de São Paulo. Segundo o engenheiro agrônomo, a geada, a seca e as queimadas danificaram muito a plantação de cana-de-açúcar. Além da entressafra ter se iniciado em outubro, pelo menos um mês antes do habitual, muitas áreas de plantio precisaram ser renovadas.
Fontes: A Cidade On/Nova Cana