Impactos na produção de energia elétrica e a desaceleração econômica na China poderão afetar o agronegócio brasileiro. Por isso, é preciso estar alerta. De acordo com análise do Itaú, caso esses eventos tenham reflexos relevantes sobre o crescimento econômico chinês, dúvidas surgem sobre quais seriam os impactos sobre as exportações de produtos agropecuários brasileiros. As razões para a alta do preço da energia estão atreladas ao aumento da demanda neste período de transição da pandemia, ao cenário climático mais desafiador, ao aumento de preços do gás, combustível também utilizado na geração a partir das térmicas, e restrições de produção a partir da queima de carvão – fonte primária de energia do país, que representa 60% do total – derivadas das preocupações ambientais e dos compromissos assumidos de redução de emissões. “Além disso, como o governo federal controla o preço da energia no país, essa apreciação das cotações do carvão e do gás implica em reduções das margens das usinas elétricas, o que desestimula o aumento da oferta”, explicam os analistas do Itaú. Hoje a China é a principal parceira comercial do agronegócio brasileiro, tendo sido responsável por aproximadamente 34% do total das exportações do setor em 2020.
Fontes: Revista RPAnews/Global Fert