O milho virou a principal preocupação da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, devido às fortes altas de preços nos mercados externo e doméstico. A ministra já anunciou a elevação do limite de crédito de custeio para o produtor que cultivar o grão na próxima safra de verão (2021/22). mas quer implementar outras medidas para incentivar o avanço do plantio. Nesse contexto, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) propôs a criação de um programa de subvenção federal, aos moldes do seguro rural, para a contratação de opções de venda do milho no mercado futuro, dando cobertura de risco de preço aos produtores para cobrir os custos e dar margem compatível com a da soja, que tem maior atratividade no momento. Com R$ 350 milhões de subsídio, seria possível dobrar a produção de milho no Sul, estima a entidade. Com esse instrumento, o produtor poderia procurar uma corretora de grãos e comprar opções de venda futura do milho a um determinado preço. O governo subvencionaria parte do prêmio, determinado diariamente pela B3, para a contratação dessas opções. Na data de vencimento, se a cotação estiver abaixo da pré-fixada, o agricultor exerce o direito e vende mais caro. Se estiver abaixo, pode optar por negociar no mercado físico. A previsão legal da medida foi incluída na Lei do Agro (13.986), pensada inicialmente para o café.
Fontes: Valor Econômico/Datamar News