Alguns dias após a liberação da circulação de embarcações no Canal de Suez, após o encalhe do navio Ever Given, no dia 23 de março, o congestionamento de embarcações segue em grandes proporções. No dia 1 de abril, cerca de 250 embarcações aguardavam para fazer a passagem pelo local. No Canal de Suez passa cerca de 10% do comércio marítimo mundial e 25% dos navios cargueiros do planeta. Para Andrew Lorimer, CEO da Datamar, deve levar cerca de um mês para que se tenha a regularização dos problemas gerados pelo bloqueio do canal. Segundo ele, para o Brasil, a principal rota afetada são as viagens até o Oriente Médio e Extremo Oriente (Mid and Far East). Com isso, a commodity mais afetada foi a carne brasileira exportada para os países do Oriente Médio. Já globalmente. segundo o presidente da Autoridade do Canal de Suez, Osama Rabie, a estimativa é de que tenham sido registrados prejuízos diários de cerca de US$ 14 milhões a US$ 15 milhões por dia de bloqueio do canal. Diante desses números, outro problema será a busca por indenizações de seguros. De acordo com a Lloyd’s List, 90% das cargas marítimas não estão seguradas em caso de atraso.
Fontes: O Globo, UOL e BBC/Datamar News