A ligeira redução do câmbio e a queda expressiva dos preços de referência no mercado internacional, tanto para a gasolina como para o óleo diesel, reabriram a janela de importação de diesel no Brasil e diminuíram a defasagem do preço da gasolina em relação aos valores no Golfo do México, usados como referência pelos importadores brasileiros. Com isso, diminui também a pressão para que a Petrobras aumente o preço da gasolina, cujo último reajuste foi há 69 dias. Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem média do preço da gasolina no Brasil em relação ao preço externo caiu para 6%, enquanto o preço do litro do diesel registra alta de 3% acima no mercado internacional. Ou seja, se a Petrobras aplicasse a paridade de preço de importação (PPI), poderia reduzir o diesel hoje em R$ 0,13 por litro e aumentar a gasolina em apenas R$ 0,24 por litro. A estatal, porém, tem afirmado que evita repassar imediatamente a volatilidade do mercado internacional para o mercado brasileiro, optando por intervalos maiores entre os reajustes.
Fontes: Agencia Estado/Nova Cana