Um estudo da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apontou que a assinatura de um acordo de livre comércio com a Coreia do Sul, cujas negociações estão em curso desde 2018 no âmbito do Mercosul, pode elevar a receita brasileira com as exportações de pelo menos 41 produtos agropecuários. O potencial passa de US$ 8 bilhões se considerados somente alguns dos principais itens, quatro vezes mais que todo o montante atual dos embarques. A Coreia do Sul, que é o sétimo principal destino das exportações do agronegócio brasileiro, com US$ 2,2 bilhões de receita em 2020, compra de outros países 70% dos alimentos que consome. Os coreanos têm acordos com 18 mercados, entre eles grandes concorrentes do Brasil, como China, Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália e União Europeia, e também de vizinhos brasileiros, como Peru, Chile e Colômbia. Segundo a análise da CNA, os produtos com mais potencial para exportações à Coreia do Sul são carnes (até US$ 3,5 bilhões) e cereais (até US$ 2 bilhões), com destaque para o milho (US$ 1,7 bilhão). A entidade também acredita que itens com pouco espaço no mercado sul-coreano hoje também podem ganhar espaço, como os complexos soja (até US$ 838,2 milhões) e sucroalcooleiro (até US$ 706 milhões), bebidas (até US$ 359 milhões), café (até US$ 380,2 milhões) e frutas (até US$ 319,9 milhões).
Fonte: Valor Econômico/Datamar News