BENEFÍCIOS COM PROJETOS DE CAPTURA DE CARBONO NA BIOENERGIA PODEM SUPERAR DESAFIOS, DIZ BCG

No Brasil, o desenvolvimento de projetos de bioenergia ligados à captura e armazenamento de carbono (BECCS) enfrenta desafios devido ao alto investimento inicial e à falta de políticas de apoio. No entanto, um estudo do Boston Consulting Group (BCG) sugere que os potenciais benefícios do BECCS superam os obstáculos, oferecendo perspectivas de receita atraentes. Os investimentos atuais variam de US$ 100 milhões a US$ 1 bilhão, com créditos de carbono avaliados em US$ 200 a US$ 300 por tonelada, tornando esses projetos economicamente viáveis. Ao contrário dos EUA e da Europa, onde existem incentivos específicos, o Brasil carece de discussões maduras sobre essa tecnologia. Setores-chave como produção de etanol e papel e celulose poderiam se beneficiar significativamente. O recente investimento de R$ 350 milhões da FS Bioenergia em BECCS exemplifica o progresso. A Agência Internacional de Energia projeta um aumento na captura anual de CO2 por meio do BECCS de 2 milhões de toneladas em 2022 para 40 milhões de toneladas até 2030, visando 200 milhões de toneladas até 2050.
Fonte: Nova Cana