Ainda que a produção de etanol esteja menor em 2020/21, com uma queda de 8,75% no acumulado até 16 de janeiro, a fabricação do produto tende a recuperar sua força quando a demanda retomar patamares próximos aos vistos antes da pandemia de coronavírus. Um sinal de aquecimento já pode ser observado, com o volume estocado pelas usinas baixando e se aproximando dos níveis da temporada passada. A expectativa é que a receita obtida com os CBios e as crescentes metas anuais estimulem a maior produção do produto, tanto pelo direcionamento de matéria-prima para o etanol quanto pelo aumento da capacidade produtiva. O tamanho da aposta do setor no biocombustível pode ser sentido com as 17 unidades em construção, que podem adicionar até 6,77 milhões de litros à oferta diária de etanol. Além disso, também há usinas que estão aumentando sua capacidade produtiva e devem trazer impacto semelhante no abastecimento. Conforme informações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), atualmente existem 23 unidades em ampliação. Juntas, as unidades atualmente em processo de ampliação devem acrescentar 7 milhões de litros diários à oferta de hidratado e 1,60 milhão à de anidro, totalizando 8,60 milhões de litros. Isso significa um acréscimo de 2,32% na capacidade autorizada. Das 23 unidades em obras, 20 usam a cana-de-açúcar como matéria-prima, duas usam milho e uma, a palha da cana, resultando no etanol de segunda geração.
Fonte: Nova Cana