A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) liberou, em caráter excepcional, berços de atracação para navios que transportam fertilizantes no Porto de Santos. O pedido partiu do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), após a soma de prejuízos que ultrapassam a marca de R$ 140 milhões por conta de atrasos nas operações desses cargueiros no cais santista. Segundo a entidade, há embarcações que chegaram ao cais santista em agosto e, desde então, aguardam por uma oportunidade de realizar a descarga das mercadorias. Outros cargueiros sequer planejam a atracação no complexo e escalam em outros portos em busca de maior agilidade. Sindamar e Codesp se reuniram na semana passada para discutir o problema. A entidade solicitou a liberação de novos berços de atracação para as operações com fertilizantes. Diante do pedido, a Autoridade Portuária pediu um prazo para analisar a viabilidade da demanda. Na quinta-feira passada, a Docas editou a Resolução nº 211, que permite a utilização dos berços públicos do Cais de Outeirinhos e dos armazéns 29 a 33 e 37, além dos berços dos armazéns 12A ao 15. Em todos os casos, é necessário cumprir as normas de prioridade de atracação. A Codesp também destacou a necessidade de cumprimento de exigências ambientais, como a utilização de equipamentos que impeçam a suspensão de partículas na descarga de caminhões. O objetivo é que operações que são realizadas em locais próximos, como o caso da movimentação e armazenagem de celulose, não sejam prejudicadas.
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