QUEBRA DE SAFRA DE MILHO DEVE TER POUCO IMPACTO NA PRODUÇAO DE ETANOL, DIZ UNEM

A quebra de produtividade das lavouras de milho segunda safra, em função do atraso no calendário de plantio e dos problemas climáticos, pode afetar o cumprimento de contratos de entrega do cereal às indústrias de etanol. Mas, na avaliação do presidente da União Brasileira de Etanol de Milho (Unem), Guilherme Nolasco, a situação deve ser apenas pontual e não ter um efeito significativo sobre a produção do biocombustível. “É lógico que a quebra de safra traz preocupações. Alguns contratos de fornecimento estão sendo revistos. Uma previsão de quebra de safra impacta porque tem contratos que o produtor não consegue cumprir a entrega, mas isso não deve trazer grandes impactos em função do estoque já consolidado”, afirma o executivo. A indústria de etanol de milho mantém a expectativa de produção, que deve ser de 3,3 bilhões de litros do biocombustível no atual ciclo, que é 2021/22. Segundo Guilherme Nolasco, as usinas vêm trabalhando com uma utilização de capacidade instalada superior a 85%. E há unidades com pelo menos 70% sua capacidade de estocagem assegurada. O presidente da Unem afirmou que a indústria de etanol já está travando compras de milho para 2022 e 2023.

Fonte: Revista Globo Rural