Na semana passada, a Usina de Itaipu abriu seu vertedouro para ajudar a aumentar a navegabilidade do Rio Paraná, localizado logo abaixo da usina, e que estava com o nível muito baixo, o que inviabilizava a navegabilidade de grandes embarcações. A operação surtiu efeito. De acordo com o Centro de Armadores Marítimos e Fluviais do Paraguai, as primeiras das 152 barcaças que estavam paradas a mais de 50 dias no país por conta do baixo nível do Rio Paraná puderam voltar a se movimentar. O rio Paraná estava no seu nível mais crítico dos últimos 50 anos. A entidade explicou que ainda há cerca de um milhão de toneladas de soja para serem escoadas via rio Paraná e que o país aproveitará as barcaças para receber fertilizantes e combustíveis, que antes eram recebidos via fluvial e com a baixa do rio passaram a ser transportados por terra. É pela hidrovia Paraguai-Paraná que passa grande parte da produção agrícola do Paraguai e da Argentina em direção aos portos de Buenos Aires e Montevidéu, no Rio da Prata. O vertimento deve durar até o fim de maio, com a liberação (defluência média) de aproximadamente 8.500 metros cúbicos de água por segundo (considerando vazão turbinada e vertimento). Segundo a Usina de Itaipu, a operação com o vertedouro não está afetando a produção de energia porque sua demanda caiu em função da pandemia da covid-19.
Fonte: Datamar News