Os Estados Unidos são o terceiro parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China e da União Europeia. No período entre agosto de 2019 e julho de 2020, as exportações brasileiras para esse mercado registraram US$ 24 bilhões, representando aproximadamente 11% do total exportado pelo país (US$ 216,7 bi). Desse montante, 28% foram de produtos do agronegócio (US$ 6,7 bi). No entanto, há ainda muito o que avançar na direção de itens relevantes na pauta importadora americana, um mercado de cerca de US$ 275 bilhões que o Brasil ainda não participa. Esse é o resultado de um estudo realizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP): o Painel Mercados – A inserção do Brasil no comércio mundial de produtos do agronegócio. Trata-se de um relatório anual que oferece uma compilação exclusiva de dados sobre as importações e exportações de produtos do setor, oriundos de várias bases, nacionais e internacionais. Em 2019, o Brasil exportou US$ 96,8 bilhões em produtos do agronegócio para 198 mercados. Desse montante, US$ 7,2 bilhões foram para os Estados Unidos, o que representou 7,4% das exportações brasileiras totais desse setor. Em 2009, a participação dos EUA na pauta exportadora do agro foi de 7,0%, mostrando que a participação do país americano ficou relativamente estável nesses 10 anos, assim como o portfólio, que permaneceu concentrado nos mesmos produtos, sendo composto predominantemente por produtos de base florestal (madeira e celulose). De acordo com o estudo, os principais produtos do agronegócio brasileiro exportados para os EUA em 2019, que representaram cerca de 70% do total, foram produtos florestais, café, etanol, suco de laranja, couro e carne bovina. Do total das importações de produtos do agronegócio dos Estados Unidos em 2019, cerca de 3% foram adquiridos do Brasil. Os itens selecionados no gráfico abaixo representam cerca de 70% da pauta de produtos agropecuários importados pelos EUA. Nota-se que o Brasil é pouco representativo nas aquisições americanas dos principais produtos do agronegócio, tendo alguma relevância em setores como café, açúcar e etanol, sucos e produtos florestais (celulose e madeira). Somos o 6º colocado no ranking dos principais fornecedores de produtos do agro para os americanos, atrás de Canadá (17%), UE-28(16%), México (13%), China (10%), Vietnã (5%) e Índia (4%).
Fontes: FIESP/ Datamar News