BRASIL PODE AMPLIAR PRODUÇAO DE ADUBOS SEM MINERAR EM TERRA INDIGENA, APONTAM ESTUDOS

Enquanto o governo brasileiro afirma que a votação do projeto de lei que autoriza a mineração em terras indígenas pode reduzir a dependência do Brasil de fertilizantes importados, estudos indicam outro caminho para aumentar a produção, já que as maiores reservas conhecidas estão em áreas distantes das ocupadas pelas comunidades tradicionais. Menos de 2% dos pedidos de exploração de minerais usados em fertilizantes, potássio e fosfato, focam hoje terras indígenas. Um levantamento realizado pela ONG Instituto Socioambiental (ISA) com base em pedidos de exploração de minas feitos à Agência Nacional de Mineração mostra que apenas 1,6% dos requerimentos para potássio estão situados em terras indígenas. No caso de fosfato, representam 0,4%. Um outro estudo em andamento feito pelos pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mostra que só um terço das reservas das reservas de minerais fertilizantes estão no território da Amazônia Legal e apenas 11% teriam alguma sobreposição com terras indígenas não homologadas. O estudo indica que a grande maioria das reservas do Brasil estaria em São Paulo, Minas Gerais e Sergipe, longe de terras indígenas ou unidades de conservação.

Fonte: Reuters